“Esperança Longe de Casa: Por um Mundo Inclusivo com as Pessoas Refugiadas” é o tema do dia Mundial do Refugiado deste ano, decretado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Ao contrário do que se pretendia - caminhar para um Mundo Melhor, cada vez mais, temos homens, mulheres e crianças a engrossar os números das estatísticas de pessoas que são forçadas a fugir das suas casas, quer por motivos de conflitos, fome e perseguições, quer por alterações climáticas. No final de 2022, segundo dados da ACNUR, os deslocados à força eram 108,4 milhões!
35,3 milhões, são Refugiados e 4,4 milhões são apátridas, a quem foi negada a nacionalidade e que não têm direitos tão básicos como a saúde, emprego, educação e liberdade de movimento.
52% dos refugiados e outras pessoas que carecem de protecção internacional, são oriundas da Síria, Ucrânia e Afeganistão.
A engrossar ainda mais a lista, temos o exemplo do mais recente naufrágio de uma embarcação, na Grécia, que levava a bordo mais de 700 pessoas, onde morreram centenas de pessoas e outras tantas centenas estão desaparecidas, já sem esperança de serem encontradas vivas.
A CGTP-IN defende que é nosso dever incluir e proteger os milhares de refugiados que carecem da nossa ajuda, e não fechar fronteiras. A Europa terá de assumir que este é um problema de todos, e não só de alguns países. Há que começar a travar as redes de tráfico humano, que lucram à custa daqueles e daquelas que são forçados a sair dos seus países!
A protecção e ajuda passam por integrá-los na nossa sociedade, dando-lhes acesso aos direitos básicos, tais como, emprego com direitos, saúde e educação. Ajudá-los a reconstruir as suas vidas com dignidade, depois de terem enfrentado inúmeras situações que atentaram às suas vidas, enquanto cidadãos.
Se houvesse tanta vontade política como existe coragem por parte destes homens, mulheres e crianças, estaríamos hoje a caminhar em direcção à Paz e a permitir o retorno de tanta gente às suas “casas”.
Migrações/CGTP-IN
Lisboa, 20.06.2023