dia da terraAssinala-se a 30 de Março, pelo povo Palestiniano e por todos os que com ele são solidários, o Dia da Terra, assinalando os acontecimentos de 1976, quando Israel reprimiu brutalmente o povo Palestiniano que se levantava num grande movimento popular contra a expropriação das suas terras.

46 anos volvidos, os trabalhadores e o povo Palestinianos continuam a ter os seus territórios ocupados, assim como continua o ataque às suas vidas pelas forças sionistas de Israel, agora ampliado pelo perigo da Pandemia COVID-19.

O povo Palestiniano mantém a sua luta e acção contra a ocupação do seu território, brutalmente reprimido pelo estado de Israel. Comemora-se, também hoje, 2 anos desde o início da grande marcha do retorno, igualmente reprimida pelas forças de ocupação, que mantém nas suas prisões milhares de palestinianos em condições desumanas.

A CGTP-IN denúncia que a ocupação foi ainda intensificada depois de anunciado o “acordo do século” pela administração Norte-americana, visando a anexação da totalidade dos territórios palestinos.

Com a justificação da Pandemia de Covid-19, e a exemplo dos outros países, Israel decidiu encerrar vários sectores da sua actividade mas deixou bem patente o seu carácter terrorista e genocida ao colocar sem trabalho, sem direitos laborais e sem qualquer protecção social milhares de trabalhadores Palestinianos, numa clara violação dos direitos laborais e dos mais elementares direitos humanos. Os restantes continuam dia e noite nos seus postos de trabalho em condições miseráveis, expostos a acrescidos factores de risco, sem garantia de protecção da sua saúde e da sua vida.

Esta situação, agrava ainda mais as condições destes trabalhadores, que como descrevem os relatórios da OIT, trabalham em condições "difíceis, arbitrárias e humilhantes". Colocam-se ainda aos Palestinianos restrições de circulação, agora intensificadas, e os bloqueios impostos por Israel, que agrava a situação humanitária e económica nos territórios palestinos.

A Pandemia agrava ainda a situação - já de si grave - nos campos de refugiados, a braços com a diminuição de orçamento da Agência da ONU para os refugiados.

A CGTP-IN alerta para o potencial catastrófico da situação em Gaza, território ao qual foi imposto o agravamento do bloqueio, acrescendo as consequências de 13 anos de bombardeamentos e agressões e que, antes mesmo da pandemia, a ONU considerava o suporte de vida humana existente como sendo "insuportável".

A CGTP-IN condena veementemente esta atitude criminosa por parte do estado de Israel e os brutais ataques perpetrados contra os trabalhadores e o Povo Palestinianos, exigindo o respeito pelo direito à saúde, à proteção social e ao emprego.

A CGTP-IN saúda calorosa e fraternalmente, neste Dia da Terra, os trabalhadores e povo da Palestina assim como as suas organizações representativas , que continuam a resistir heroicamente à ocupação, à violência e ao racismo do regime sionista. lutando pelo seu inalienável direito à constituição do seu Estado independente e soberano.

A CGTP-IN reafirma a sua profunda solidariedade à luta do Povo Palestiniano pela paz e soberania, e pelo seu direito, internacionalmente reconhecido, a constituir o seu Estado livre e independente, com as fronteiras de 1967 e com capital em Jerusalém Oriental.

INT/CGTP-IN
30.03.2020