cyprusA CGTP-IN expressa à Federação Pan-Cipriota do Trabalho (PEO) e aos trabalhadores de ambas as comunidades, cipriotas-gregos e cipriotas turcos, a sua activa solidariedade perante o agravamento das condições de luta pela solução do problema cipriota.

A Turquia ocupa de forma ilegal uma parte de Chipre desde 1974, sendo esse território uma das zonas mais militarizadas do mundo. Resoluções da ONU exigem a restauração da soberania e integridade territorial da República de Chipre, com a retirada das tropas turcas e dos colonos.

A Turquia mantém, no entanto, a ocupação e uma acção conducente à definitiva divisão e colonização de uma parte do território da República de Chipre. Uma postura demonstrada pela escalada de acções agressivas na Zona Económica Exclusiva de Chipre, violando o Direito Internacional e em particular o Direito do Mar, procurando impedir que os recursos naturais aí encontrados sejam utilizados como um bem comum das duas comunidades e em benefício da unidade, integridade territorial e soberania da República de Chipre. Uma postura igualmente demonstrada pela ameaça de impor unilateralmente factos consumados em relação a Famagusta, o que além de ser uma reiterada violação do Direito Internacional e das Resoluções pertinentes da ONU, constituiu um acto de ingerência nas recentes eleições do líder da comunidade cipriota-turca cujo desfecho favorece os objectivos da Turquia.

A CGTP-IN considera que o governo português deverá desenvolver todos os esforços no plano das relações bilaterais e multilaterais de Portugal, de forma a abrir caminho ao diálogo e ao regresso à mesa das negociações, tendo por base a Carta das Nações Unidas, o Direito Internacional e os acordos anteriormente alcançados.

INT/CGTP-IN
22.10.2020