O regresso dos bombardeamentos a Gaza, com a violação do acordo de cessar-fogo por parte de Israel, põe a nu uma vez mais a sua política sionista e genocida, apoiada pelos EUA, a UE e a NATO, que financiam, armam e apoiam a máquina de guerra Israelita.
Apesar do cessar-fogo, Israel nunca cessou totalmente os ataques contra o povo Palestino. Em Gaza prosseguiam ataques e na Cisjordânia continuam expulsões de famílias palestinianas de suas casas, agredidas e mesmo assassinadas, com o respaldo do exército israelita. Prossegue a humilhação, as prisões arbitrárias, a discriminação e a segregação da política de apartheid Israelita, que promove o ataque aos direitos dos palestinianos, em particular o direito ao trabalho.
Este ataque, que provocou mais de 400 mortos, é uma brutal escalada do genocídio que Israel leva contra o povo Palestiniano na Faixa de Gaza e que em pouco mais de um ano provocou a morte de cerca de 50 mil pessoas. Um ataque que atingiu de sul a norte da faixa de gaza e que não se desliga das intenções dos EUA e de Israel de tomar posse do território.
Esta violação do cessar-fogo é mais uma prova do desrespeito de Israel pelo direito internacional, utilizando não só os bombardeamentos como também a fome e falta de bens essenciais para provocar a morte e a destruição, patente no encerrar de fronteiras, no corte de electricidade e na proibição da entrada de ajuda humanitária a Gaza.
Portugal deve assumir uma posição clara de condenação a mais esta violação do cessar-fogo por parte de Israel. Urge que o governo tenha uma voz firme e consequente na exigência para um cessar-fogo imediato e permanente que seja um passo sério e efectivo para o fim do massacre e do genocídio, da ocupação israelita da Palestina e pela paz na região. Portugal deve assumir uma posição firme no reconhecimento do Estado da Palestina, livre e Soberano com as fronteiras definidas em 1967 e com a capital em Jerusalém Leste, como definido pelo direito internacional.
A CGTP-IN reafirma a solidariedade com o povo e os trabalhadores Palestinianos e a luta pela efectivação do seu direito à sua autodeterminação, à sua emancipação, a poder viver em paz e associa-se ao CPPC, MPPM e Projecto Ruído para uma acção de solidariedade e denúncia amanhã, dia 19 de Março, no Rossio, em Lisboa às 18h, para a qual apelamos à participação.
INT/CGTP-IN
18.03.2025