Assinalam-se 77 anos da destruição de mais de 500 povoações palestinianas, e da morte de mais de 15 mil palestinianos às mãos de Israel.

Este crime, a que o povo da Palestina chama Nakba - “catástrofe” em árabe - marcou o início de uma limpeza étnica promovida pelo recém-proclamado estado de Israel, que expulsou mais de 750 mil palestinianos que se viram forçados ao refúgio na Jordânia, na Síria, na Faixa de Gaza, no Líbano.
 
Esta política de limpeza étnica – violenta e segregacionista – prossegue, violando de forma ostensiva o direito internacional. A ocupação aprofunda-se e expande-se, com a promoção e apoio por parte do governo israelita, da construção de colonatos em território palestino. Trata-se de uma política genocida cujo o agravamento está cada vez mais à vista de todos.
 
Desde Outubro de 2023 são já mais de 50 mil palestinianos assassinados da faixa de Gaza – entre eles mais de 15 mil são crianças. Quase 2 milhões de refugiados. Somam-se ainda mais de mil assassinados na Cisjordânia, vitímas de bombardeamentos em zonas residenciais e campos de refugiados. Vítimas da agressão genocida de Israel, que pretende completar a limpeza étnica iniciada em 1948, não só à bomba e ao tiro mas impondo a fome e a doença. O cerco à faixa de Gaza impede, na prática, a entrada de bens essenciais, com mais de 500 mil palestinianos a enfrentarem a fome, que ameaça chegar a mais 1 milhão de pessoas caso a ajuda humanitária não seja desbloqueada.
 
Uma catástrofe perpetrada por Israel, com a conivência, o apoio e o patrocínio da União Europeia, os EUA e os seus aliados da NATO, que fornecem respaldo político e diplomático, que financiam e alimentam a sua máquina de guerra.

É urgente pôr fim ao massacre, com um cessar fogo imediato e permanente e a entrada de ajuda humanitária sem qualquer entrave.

Tarda o reconhecimento de Portugal do Estado da Palestina, com as fronteiras de 1967 e Jerusalém Oriental como capital. Exigimos que Portugal tenha uma posição clara de defesa do direito internacional e seja uma voz firme e consistente pelo fim do massacre e do seu apoio.

Exigimos a defesa do direito do povo palestiniano à sua emancipação e autodeterminação, como preconiza o artigo 7º da Constituição da República Portuguesa.

Exigimos o cumprimento do direito de retorno dos refugiados palestinianos e a concretização de uma Palestina livre, independente e soberana.

O povo palestiniano tem direito a viver em paz, na sua terra.

A CGTP-IN reafirma a solidariedade com os trabalhadores e o povo Palestino, que luta e resiste contra a brutal ocupação. Acreditamos que a solidariedade internacionalista e a luta dos povos são um alento para que o Povo Palestino conquiste finalmente o seu direito a uma palestina livre e independente.

Palestina Vencerá!