Isabel Camarinha, Secretária-geral da CGTP-IN exigiu este sábado mais investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS), defendendo que a saúde é um direito constitucional que não pode assentar numa política de baixos salários e vínculos precários.

 Na "Marcha pelo Direito à Saúde", que juntou várias centenas de pessoas, em Lisboa, a Secretária-geral defendeu o direito ao SNS, conquistado com o 25 de Abril e que alterou os padrões de saúde em Portugal e afirmou que "É preciso investir e alterar as orientações que têm vindo a ser seguidas de subfinanciamento, desvalorização dos profissionais de saúde, de entrega ao setor privado".

A marcha "Pelo Direito à Saúde, Mais SNS, Melhor Saúde!" foi convocada por um alargado conjunto de estruturas sindicais e de utentes em defesa e pelo reforço do SNS, com iniciativas a decorrerem em Lisboa, Porto e Coimbra.

A Marcha decorreu em Lisboa, às 15h, a partir do Campo Pequeno, no Porto, às 15h, a partir do Hospital São João e em Coimbra, às 11h, a partir do Centro de Saúde Fernão de Magalhães. A iniciativa foi dinamizada por uma Comissão Promotora que integrou a CGTP-IN, a FNSTFPS, o MUSP, o SEP, o STAL e o STSS.

A situação a que se chegou exige uma forte resposta na defesa de uma política que respeite os profissionais, que recupere e valorize o SNS, única garantia para assegurar o direito à saúde consagrado na Constituição da República Portuguesa e condição essencial ao bem-estar da população e ao desenvolvimento do país.

Assistimos à degradação do Serviço Nacional de Saúde, da resposta aos cuidados de saúde à população e dos direitos e condições de trabalho dos seus profissionais.
Não aceitamos que o Governo continue a não contratar os profissionais suficientes para a prestação de cuidados de saúde aos portugueses, e com qualidade.
Não aceitamos que o Governo desvalorize as suas remunerações, carreiras e condições de trabalho, que lhes imponha uma carga laboral cada vez mais pesada, empurrando-os para fora dos serviços públicos de saúde, favorecendo os interesses dos grupos privados. Saber mais ...