No âmbito da campanha temática de informação, sindicalização e acção, sob o lema “NÃO CORRAS RISCOS – SINDICALIZA-TE!” integrada no designado Semestre da Igualdade, entre Janeiro e Junho de 2019, nos locais de trabalho, junto de instituições e em acções públicas, o mês de Fevereiro é dedicado à IGUALDADE SALARIAL ENTRE MULHERES E HOMENS.
As mulheres trabalhadoras continuam a ser discriminadas nos salários.
Essas desigualdades são ainda maiores quando se comparam os ganhos médios mensais, que incluem, para além do salário base, o pagamento do trabalho suplementar, os prémios e outros complementos.
A discriminação no salário base mensal das mulheres situa-se em 15,8% (ou seja, 58 dias não remunerados) e ao nível do ganho médio mensal em 19,1% (ou seja, 70 dias não remunerados).
O princípio da não discriminação salarial é um dever das empresas, previsto na lei e na Constituição e o seu incumprimento é punido como contra-ordenação muito grave, mas a desvalorização do trabalho feminino continua a ser utilizada para a acumulação da riqueza patronal.
Por isso lutamos pelo aumento geral dos salários e pelo salário mínimo de 650€, não só na vertente da valorização do trabalho, mas também como uma medida de justiça social e de eficaz combate à discriminação salarial entre mulheres e homens.
O Sindicato dos Trabalhadores da Cerâmica e Construção da Região Centro, realiza em 12 de Fevereiro um PLENÁRIO DE TRABALHADORES NA EMPRESA CINCA – COMPANHIA INDUSTRIAL DE CERÂMICA, na Mealhada, para debater as formas de luta a adoptar face à discriminação salarial existente na empresa e à melhoria geral das condições de trabalho, tendo também presente o acidente de trabalho mortal que atingiu uma jovem trabalhadora de 32 anos, naquela fábrica, no início deste mês de Fevereiro.