A administração da EDP denunciou o Acordo Colectivo de Trabalho, à boleia do pacote laboral do Governo. Perante uma inaceitável tentativa de retirada de direitos, os trabalhadores respondem unidos. As estruturas sindicais e as CT apelam à adesão à greve geral, no dia 11.
A Fiequimetal considera que a denúncia extemporânea do ACT, anunciada pela administração a 30 de Outubro, foi feita de má-fé, porque a negociação das progressões podia continuar dentro da normalidade - como se afirma num comunicado emitido pela Comissão Negociadora Sindical (CNS) liderada pela federação.
A denúncia do ACT veio acompanhada de uma proposta patronal inqualificável, que preconiza a alteração do Acordo para pior. Há intenções graves, que nitidamente visam retirar direitos aos trabalhadores, para colocar mais dinheiro no bolso dos accionistas.
No comunicado são referidos alguns exemplos.
Unidade na acção
A administração da EDP apanhou o comboio do Governo. O pacote laboral contém medidas que, a serem aprovadas, podem conduzir à suspensão ou a alterações da contratação colectiva, a partir apenas dos interesses das empresas. O ataque é brutal e por isso, como no passado, é necessária unidade na acção.
A Fiequimetal convergiu para a decisão de todas as estruturas sindicais e das comissões de trabalhadores subscreverem um manifesto conjunto, apelando a todos os trabalhadores para que, no dia 11 de Dezembro, façam a greve geral, para combater o pacote laboral, defender o ACT, defender o presente e garantir um futuro de progresso, com os direitos nivelados por cima.
No documento conjunto — subscrito pela Fiequimetal e pelos sindicatos SIEAP, SINDEL, SINERGIA, SINOVAE e SIREP e pelas CT da EDP e da E-Redes —, alerta-se que, na EDP, «a brutalidade dos factos e dos números desmente a hipocrisia escondida por detrás da brandura das palavras que anunciam excelentes intenções». Na verdade, «a Administração da EDP – em perfeita sintonia com o Governo, que diz estar “a transformar Portugal” – está a promover um retrocesso nos direitos dos trabalhadores que os faz regredir para muito antes do 25 de Abril».
As organizações representativas alertam que «não podemos deixar o nosso futuro nas mãos de quem pretende legalizar o despedimento sem justa causa, retirar direitos na paternidade, aprovar a possibilidade de que as "EDP" deste país possam, a seu belo prazer e de forma irresponsável, solicitar suspensão da contratação colectiva».
Aos trabalhadores, é deixado o apelo a que permaneçam atentos «todos os dias» e que, a 11 de Dezembro, adiram à greve geral.
Fonte: FIEQUIMETAL
