f1000035A CGTP-IN condena frontalmente as recentes agressões e a actuação das forças policiais marroquinas sobre cidadãos saharauis e seus representantes, no quadro da visita de uma delegação do Parlamento Europeu à cidade Saharaui ocupada de El Aaiun.


Comunicado de Imprensa n.º 007/09
 

REPRESSÃO EM EL AAIUN, TERRITÓRIO SAHARAUI OCUPADO POR MARROCOS
NO QUADRO DA VISITA DA DELEGAÇÃO AD HOC DO PARLAMENTO EUROPEU
 
 
A CGTP-IN condena frontalmente as recentes agressões e a actuação das forças policiais marroquinas sobre cidadãos saharauis e seus representantes, no quadro da visita de uma delegação do Parlamento Europeu à cidade Saharaui ocupada de El Aaiun.

As forças de ocupação marroquinas encerraram as principais ruas que conduzem à cidade de El Aaiun (Sahara Ocidental) na véspera da chegada da missão ad hoc do Parlamento Europeu. El Aaiun esteve sob intenso controlo policial durante todo o dia 27, com a clara intenção de impedir manifestações pelo direito à autodeterminação do povo Saharaui.

A Associação de Vitimas de Graves Violações de Direitos Humanos (ASVDH) denunciou ainda a detenção, na semana passada, de El Hafed Toubali, destacado activista Saharaui dos Direitos Humanos.

Na terça-feira, dia 27 de Janeiro, a policia marroquina agrediu brutalmente três representantes do Comité Contra a Tortura de Dajla quando estes se iam reunir com a delegação do PE. Foram torturados em plena rua e depois levados num veículo policial.

Foram ainda detidos e interrogados Amminatou Haidar (nomeada em 2008 para o prémio Nobel da Paz) e Ali Salem Tamek, membros do Colectivo Saharaui de Defensores dos Direitos do Homem, após reunião que mantiveram com a delegação do Parlamento Europeu.

A CGTP – IN enviou, nesta mesma data, uma mensagem de solidariedade à central sindical Saharaui, a UGTSARIO, reafirmando o seu indefectível apoio à luta da Frente Polisario, contra a ocupação ilegal por parte de Marrocos, condenando as prisões, torturas e assassinatos de democratas saharauis por forças militares e de segurança ocupantes e exigindo que se cumpra o direito, reconhecido pelas Nações Unidas, do Povo do Sahara Ocidental à autodeterminação e a decidir livremente do seu futuro

Lisboa, 30.01.2009

DIF/CGTP-IN