O desemprego continua a aumentar em Portugal. Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego foi de 10,4% em Dezembro de 2009, 2,3 pontos percentuais acima do verificado um ano antes, o que coloca Portugal no terceiro lugar dos países com maior taxa de desemprego do espaço do Euro.

Comunicado de Imprensa n.º 005/10

 

PORTUGAL TERMINA O ANO DE 2009 COM A TERCEIRA TAXA DE DESEMPREGO MAIS ELEVADA DA ZONA EURO

 

O desemprego continua a aumentar em Portugal. Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego foi de 10,4% em Dezembro de 2009, 2,3 pontos percentuais acima do verificado um ano antes, o que coloca Portugal no terceiro lugar dos países com maior taxa de desemprego do espaço do Euro.

Os jovens e as mulheres estão numa situação particularmente difícil, tendo registado taxas de 18,5% e 11%, respectivamente. No caso das mulheres é mesmo a quarta taxa de desemprego mais elevada de toda a União Europeia.

O nível de desemprego e o seu contínuo aumento nos últimos meses levantam dúvidas quanto ao realismo das previsões que constam da proposta de Orçamento de Estado para 2010 e exigem que o Governo faça uma reflexão séria quanto às previsões que apresenta.

Estes dados colocam também dúvidas relativamente à eficácia das medidas implementadas no último ano com o objectivo de combater o desemprego e criar emprego.

O que é necessário é que sejam tomadas medidas que criem emprego com direitos e reforcem a protecção dos desempregados, evitando que a situação social se deteriore ainda mais.

O desenvolvimento da economia não pode passar pelas medidas que o Governo apresentou na proposta de Orçamento de Estado para 2010 e que assentam na redução real dos salários, nas privatizações, na quebra do investimento público e na generalização da precariedade.

É preciso uma mudança de política que assuma a componente social como prioritária, assente na alteração da matriz de crescimento, na promoção de mais e melhor emprego e no firme combate à precariedade e desemprego, bem como na melhoria dos salários e das pensões enquanto elementos indispensáveis para aumentar o poder de compra das famílias e, simultaneamente, dinamizar a actividade económica.

DIF/CGTP-IN

Lisboa, 29.01.2010