A Greve decretada pelo STAL para a Recolha Urbana de Resíduos iniciada no dia 30 de Dezembro de 2016, e que se prolonga até ao próximo dia 2 e Janeiro, contou com uma adesão de 95%, apenas ficando assegurados os serviços mínimos para dar resposta a necessidades sociais impreteríveis da população, designadamente junto à zona hospitalar e ao mercado municipal.
Os trabalhadores estão em Luta contra a degradação muito acentuada deste serviço público essencial e pela sua urgente melhoria, tendo em conta a eternização de falta de respostas adequadas do Município, que passam entre outros, pela contratação de um mínimo de 50 trabalhadores e aquisição de viaturas e equipamentos de trabalho.
Os trabalhadores continuam ainda a aguardar pelo gozo de folgas acumuladas desde 2004 e pelo pagamento do trabalho extraordinário de 3,5 horas semanais, prestados entre Dezembro de 2006 e Junho de 2013, sobre o qual a Câmara de Coimbra já foi condenada em Tribunal, envolvendo cerca de uma centena de trabalhadores num montante que pode ascender a 1 milhão de euros, pagamento que a autarquia pretende continuar a protelar.
Os trabalhadores do sector da Higiene Urbana constituem o grupo de trabalhadores com salários mais baixos, na maioria dos casos auferem apenas o equivalente ao Salário Mínimo Nacional, sendo frequentemente desconsiderados nos seus direitos, como o direito a horários adequados à harmonização do trabalho com a vida social e familiar, a fardamentos, equipamentos individuais de protecção, instalações condignas e condições de segurança, ficando sujeitos a graves problemas de insalubridade, penosidade e risco para a sua saúde, numa actividade que, regra geral, é sobremaneira desvalorizada.
O STAL irá iniciar o ano de 2017 em solidariedade com estes trabalhadores e com o intuito de intensificar a Luta com todos os trabalhadores do sector da administração local em prol do aumento dos salários, da recuperação das profissões, da valorização e descongelamento das carreiras, da implementação do Suplemento de Insalubridade, Penosidade e Risco e na defesa do Poder Local Democrático."
Fonte: STAL