Delegações da Grécia, Chipre, República Checa, Áustria, Itália, Espanha (País Basco) e Portugal realizam, hoje e amanhã (24 e 25 de Janeiro), no Porto, uma reunião do Secretariado da EUROF/FSM - Escritório Europeu da Federação Sindical Mundial para analisar a situação política, económica e social na Europa e a resposta a dar para defender melhores condições de trabalho e de vida para os trabalhadores, garantindo o direito ao progresso e à justiça social.
Será aprovado o Plano de Acção da EUROF/FSM para 2019, com acções comuns e convergentes que coloquem na ordem do dia propostas para contrariar a degradação dos salários e pensões, o aumento do tempo de trabalho, a desvalorização da contratação colectiva e as limitações à autonomia e à liberdade sindicais; a degradação dos serviços públicos e das funções sociais dos estados; o aumento das desigualdades e da concentração da riqueza, em particular na UE; a retirada de aspectos centrais da soberania e o seu impacto no direito ao desenvolvimento dos países; o aumento dos gastos militares e a militarização da UE; o crescimento das forças de extrema-direita e neofascistas em vários países e como este desenvolvimento está relacionado com as políticas da UE, ameaçando os trabalhadores, os povos e os países.
Um debate de redobrada actualidade quando se realizam eleições para o Parlamento Europeu (Maio 2019), particularmente para os trabalhadores portugueses que, pela sua luta e propostas, têm demonstrado que há um caminho alternativo e viável e que este será tanto mais positivo quanto se avance na reposição e conquista de direitos. Um rumo alternativo bloqueado pelo Governo PS e a sua convergência com PSD e CDS, recusando-se a colocar em causa as políticas e orientações da UE, nomeadamente com a renegociação de uma dívida pública que é insustentável, preferindo insistir nos objectivos de redução do défice e na manutenção das normas gravosas do Código do Trabalho, travando assim medidas de justiça social e de resposta aos problemas reais do país.
Amanhã, a reunião será alargada à participação de várias estruturas sindicais nacionais, que contribuirão para os objectivos da reunião com a análise da situação nos vários sectores representados, as reivindicações dos trabalhadores e as suas acções para as alcançar.
FONTE: FESAHT