Apenas uma unidade hoteleira do Gerês está a cumprir a nova tabela salarial e o CCT - Contrato Colectivo de Trabalho em vigor, constatou o Sindicato da Hotelaria do Norte num porta-a-porta nos estabelecimentos de alojamento, restauração e bebidas, visitando cerca de duas dezenas de hotéis, termas, restaurantes, cafés e similares.
Como o CCT não era revisto há 7 anos, muitos trabalhadores estão a perder entre 35 e 80 euros mensais.
Mas como muitos trabalhadores não recebem diuturnidades, subsídio de alimentação, abono de falhas, trabalho em dia feria e em dia de descanso semanal e valores são muito superiores.
Por outro lado, há empresas que nunca cumpririam a tabela salarial do setor, pagam o salário mínimo nacional no valor de 580 euros a trabalhadores com mais de 10 anos de antiguidade, sendo que o salário de base atual para estes trabalhadores é de 670 euros e por isso, só no salário de base, os trabalhadores perdem 90 euros mensais.
São os horários imprevisíveis e infindáveis, os baixos salários e o não cumprimento da contratação coletiva que impedem a fixação de trabalhadores no setor.
Há um clima geral de impunidade. A ACT deixou de atuar no setor e por isso é cúmplice desta situação.
O novo CCT que regula esta atividade celebrado entre a FESAHT e a APHORT, foi publicado no Boletim do Trabalho e Emprego n.º 23, de 22 de junho de 2018, com efeitos a 1 de abril de 2018, bem como já foi publicada no Diário da República n.º 144, de 27 de julho de 2018.
FONTE: Sindicato da Hotelaria do Norte