Os trabalhadores das cantinas, refeitórios, áreas de serviço e bares concessionados vão realizar uma greve a nível nacional no dia 10 de julho por aumentos salariais dignos, na defesa dos direitos e pela negociação do contrato coletivo de trabalho.
As empresas deste setor de atividade, que emprega mais de 20 mil trabalhadores, têm vindo a pôr em causa os direitos dos trabalhadores, designadamente: deixaram de pagar o trabalho prestado em dia feriado e em dia de descanso semanal com o acréscimo de 200%; deixaram de pagar o trabalho noturno das 20 às 24 horas com o acréscimo de 25%; deixaram de pagar o subsídio de alimentação nas férias; alteraram as categorias profissionais sem o acordo dos trabalhadores; transferem os trabalhadores de local de trabalho sem o seu acordo; impõem horários de 12 horas diárias, etc.. Além disso, pagam salários muito baixos, designadamente às cozinheiras de 3.ª e de 2.ª, a quem pagam apenas 635 e 650 euros, respetivamente, e às empregadas de distribuição, a quem pagam apenas 620 euros.
A FESAHT convocou também uma concentração de protesto à porta da AHRESP para o mesmo dia, pelas 11 horas, onde, pelas 11:30 horas, será dada uma conferência de imprensa para anunciar novas formas de luta.
Os trabalhadores do Norte, Centro, Sul e Algarve vão deslocar-se em autocarros e da parte de tarde vão participar na manifestação nacional promovida pela CGTP – IN, pela revogação das normas gravosas da legislação laboral e a rejeição da proposta de lei laboral do governo do PS.
A AHRESP negociou e assinou em 2019 acordos com a FESAHT para os setores da Restauração e Alojamento, com aumentos mínimos de 20 e 27 euros mensais, respetivamente, mas mantém as negociações deste setor bloqueadas.
FONTE: Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal