A Fiequimetal opõe-se a mais esta malfeitoria da Comissão Europeia e estranha o silêncio do Governo português, exigindo deste uma posição de defesa do interesse nacional e não de negócios que apenas servem o sector privado e colocam em causa postos de trabalho e a soberania energética nacional.
A federação, através do Secretariado da sua Direcção Nacional, emitiu uma nota à comunicação social, sobre a decisão da Comissão Europeia de aprovar a venda pela EDP de seis barragens e respectivas centrais hidroeléctricas, na bacia do Douro, a um consórcio francês encabeçado pela Engie e do qual fazem parte o Crédit Agricole Assurances e a Mirova, conta com o repúdio da Fiequimetal.
Com esta decisão das instituições da União Europeia fica em causa, uma vez mais, a soberania energética nacional, afirma a Fiequimetal.
A aprovação da CE representa mais um passo na liberalização do sector energético e visa transformar Portugal num centro produtor e exportador, não para salvaguardar o interesse nacional, mas sim os interesses de outras potências que enfrentam problemas do ponto de vista da produção de energia.
A EDP vai vender activos numa área com enorme potencial, se tivermos em conta que o plano hidroeléctrico nacional está por completar, e numa altura em que tanto se fala em energias renováveis.
Volta a verificar-se que o processo iniciado com o MIBEL (Mercado Ibérico de Electricidade) e que se prepara para avançar com o Mercado Europeu de Energia, continua a destruir e desregular o nosso sistema eléctrico, em nome da concorrência que só tem feito aumentar o preço final da energia e que coloca em risco os postos de trabalho no sector.