A Fiequimetal e os seus sindicatos rejeitam o quadro proposto para alteração dos horários de laboração contínua nas refinarias da Petrogal, mas reafirmam disponibilidade para encontrar soluções que defendam a saúde e segurança dos trabalhadores e os seus legítimos direitos.
Numa saudação aos trabalhadores, hoje divulgada, a Fiequimetal informa que, no dia 30 de Março, a administração encetou contactos exploratórios com a federação, para abordar a possibilidade de alteração do horário de laboração contínua nas refinarias.
A empresa expôs uma proposta formal a 1 de Abril, com o prolongamento da jornada de trabalho, de 8 para 12 horas, visando implementação imediata, possível extensão até Junho e eventual prorrogação até Agosto. A administração acrescentou também que os trabalhadores não escalonados deveriam estar num regime de prevenção, para o qual, até ao momento, não propôs qualquer regulamentação.
Este horário excluia qualquer pagamento de trabalho suplementar, incluindo em dias feriados. A proposta patronal previa uma compensação, a ser paga de uma só vez como prémio «extraordinário» (dentro de 6 a 12 meses), no valor de 400 euros ilíquidos (que mais tarde subiu para 550 euros ilíquidos), e dois dias de dispensa por cada mês praticado neste horário.
A Fiequimetal considera que se trata de uma tentativa de aproveitamento, por parte da administração, da fase que enfrentamos, com o objectivo de implementar, como reacção primeira, um plano de retirada de rendimentos aos trabalhadores e suas famílias. Mas tal plano é, de todo, injustificável, pois a Petrogal é uma empresa geradora de lucros astronómicos.
Os trabalhadores devem ser respeitados e assegurada a manutenção dos seus direitos laborais, porque são eles que efectivamente estão na linha da frente, garantindo o normal funcionamento da Petrogal.
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