Um dia depois de as organizações de trabalhadores e de utentes dos transportes terem feito uma concentração em frente à residência oficial do Primeiro-ministro, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) veio anunciar o reforço da oferta de transporte rodoviário de passageiros. A FECTRANS afirma que esta decisão só demonstra a razão dos protestos e que é preciso continuar a luta de modo a ampliar a todo o país a reposição do serviço público e fim do lay-off para os trabalhadores, tendo decidido marcar o dia 6 Julho como dia de acção em torno destas reivindicações.
Informação da Fectrans:
É preciso ir mais além
A FECTRANS e os seus sindicatos registam como positivo o anúncio da AML – Área Metropolitana de Lisboa, no entanto tem a referir o seguinte:
Este anúncio é feito no seguimento das acções que se têm vindo a desenvolver, sendo a última realizada ontem, em frente à residência oficial do primeiro-ministro;
Esta decisão só demonstra que temos razão e que é preciso continuar a intervenção e luta pelo aumento dos transportes para os utentes e o fim do lay-off para os trabalhadores, tendo hoje sido decidido no âmbito dos Sindicatos da FECTRANS no sector, marcar o dia 6 Julho como dia de acção em torno destas reivindicações;
O governo tem que ter uma intervenção política de modo a ampliar a todo o País a reposição do serviço público de transporte rodoviário de passageiros que é assegurado por empresas privadas;
O aumento da oferta tem que ser acompanhado do fim do “lay-off” e de modo algum pode ser assegurado por trabalhadores em “lay-off” na forma de redução do horário de trabalho e depois com recurso a trabalho extraordinário, como já foi identificado existir nalgumas empresas;
Mantêm-se actuais as reivindicações das organizações de trabalhadores e utentes, incluídas no documento ontem entregue ao primeiro-ministro, em que se defende:
A implementação de medidas concretas para aumentar a oferta de transporte público em geral e que na defesa e protecção dos utentes (lotação de 2/3) e na defesa dos dinheiros públicos, determine a obrigatoriedade das empresas do sector rodoviário de passageiros, de cessarem as situações de “lay-off”, retomem a actividade normal e ocupem a totalidade dos trabalhadores, a quem deve ser pago os salários por inteiro e sem perda de direitos.
Entretanto os trabalhadores das empresas Transdev na zona Centro reuniram hoje em plenário e apresentaram um caderno reivindicativo onde se inclui o fim do “lay-off”, manifestando disponibilidade para continuar a luta.