Os patrões da metalurgia e da metalomecânica, sector recordista das exportações, têm todas as condições para satisfazer as reivindicações dos trabalhadores apresentadas pela Fiequimetal, afirma-se na resolução aprovada ontem no Porto, frente à sede da AIMMAP, questionando onde foram parar os lucros colossais acumulados nos últimos anos.
Numa acção organizada pelo SITE Norte e o SITE Centro-Norte, em conjunto com os restantes sindicatos da Fiequimetal, no âmbito da semana nacional de luta promovida pela CGTP-IN, trabalhadores do sector metalúrgico e metalomecânico e seus representantes começaram por se concentrar na Rua dos Salazares, na entrada para o ISAG, de onde seguiram em desfile até à sede da associação patronal AIMMAP (Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal), na Rua dos Plátanos.
Depois das intervenções sindicais - incluindo de Ana Pires, em nome da Comissão Executiva da CGTP-IN -, foi aprovada uma resolução, destacando que «Queremos trabalhar, com segurança, direitos e salários!» e «A pandemia não pode ter costas largas! Basta de exploração!», dirigida à associação patronal.
Considerando decisiva a existência de contratação colectiva que valorize os trabalhadores, e cuja negociação os representantes patronais arrastam há onze anos, defende-se que, independentemente da morosidade das negociações do CCTV (contrato colectivo de trabalho, vertical), os salários e demais matérias pecuniárias não podem ficar à espera.
Da AIMMAP exige-se que responda positivamente às propostas apresentadas pela Fiequimetal em sede de negociação colectiva, nomeadamente:
• Aumento dos salários em valor nunca inferior a três euros por dia, o que corresponde a 90 euros por trabalhador, por mês;
• Actualização dos salários de entrada nas empresas do sector para 850 euros;
• Redução progressiva dos horários semanais de trabalho, com o objectivo de atingir 35 horas semanais.
FONTE: FIEQUIMETAL