Mais de 90 por cento dos trabalhadores da Uniself, que explora cerca de 300 cantinas escolares, estão contratados a termo certo. Assinam contrato todos os anos, em Setembro, e são despedidos em Junho do ano seguinte. Alguns assinam estes contratos precários há 20 anos consecutivos. Amanhã, a partir das 9:30 horas, irão fazer uma concentração em defesa dos seus direitos e contra a precariedade do vinculo laboral, junto aos escritórios da empresa na região Norte, na Senhora da Hora, Matosinhos.
A iniciativa faz parte da quinzena de luta promovida pela FESAHT – Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal, de 27 de Julho a 7 de Agosto.
Comunicado de imprensa da FESAHT – Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal:
TRABALHADORES DA UNISELF QUE TRABALHAM NAS CANTINAS ESCOLARES VÃO MANIFESTAR-SE NA DEFESA DOS SEUS DIREITOS E CONTRA A PRECARIEDADE
Inserida na quinzena de luta promovida pela FESAHT – Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal de 27 de julho a 7 de agosto, realiza-se uma concentração de protesto dos trabalhadores da Uniself que trabalham nas cantinas escolares, dia 28 do corrente, pelas 9:30 horas, junto aos escritórios da empresa da região Norte, Rua de S. Gens, nº. 3380 4460-409 Senhora da Hora, na defesa dos seus direitos e contra a precariedade do vinculo laboral.
A Uniself explora cerca de 300 cantinas das escalas do 2.º ciclo (secundárias e EB 2,3,) da DREN que empregam mais de mil trabalhadores.
Mais de 90% destes trabalhadores estão contratados a termo certo, assinam todos os anos o contrato em setembro e são despedidos em junho do ano seguinte, alguns assinam estes contratos precários há 20 anos consecutivos.
Este ano a empresa não pagou os direitos devidos aos trabalhadores, havendo um diferenças de 400/600 euros a menos a cada trabalhador.
A empresa não pagou devidamente aos valores referentes às férias, subsídio de férias, subsídio de natal, compensação por caducidade e a muitos trabalhadores deduziu ilegalmente valores de 150/250 euros a título de férias gozadas a mais.
Os trabalhadores estão em lay-off há 4 meses consecutivos, muitos deles perderam centenas de euros no salário todos os meses, vivem uma situação muito difícil, esta diferença nos direitos vem agravar a já muito débil situação económica dos trabalhadores.
A Uniself ganhou este concurso para mais 2 anos letivos.
Assim, os trabalhadores vão exigir a reposição dos direitos e a passagem ao quadro da empresa como trabalhadores efetivos.
Pelas 10:30 horas será dada uma conferência de Imprensa no local para denunciar publicamente esta situação grave.