Um problema de contaminação nas águas fez encerrar o balneário termal de Vizela, em Novembro 2019. A situação ficou resolvida em três meses, mas o balneário nunca mais reabriu. Pertence à sociedade Companhia de Banhos de Vizela, que o concessionou por 30 anos à Câmara Municipal de Vizela, que por sua vez concessionou a exploração à espanhola TESAL, empresa que o Sindicato de Hotelaria do Norte acusa de não respeitar os direitos dos trabalhadores. O sindicato também já denunciou a prática de ilegalidades à Autoridade para as Condições de Trabalho, mas a situação mantém-se.
Comunicado de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte:
BALNEÁRIO TERMAL DE VIZELA COM 150 ANOS ESTÁ ENCERRADO POR INCÚRIA DA CÂMARA MUNICIPAL E DA EMPRESA TESAL
TRABALHADORES E O SINDICATO EXIGEM A SUA REABERTURA IMEDITA
E A EXPLORAÇÃO DIRETA PELA CÂMARA MUNICIPAL
O balneário termal de Vizela está encerrado desde 21 de novembro de 2019. O balneário encerrou devido a uma contaminação nas águas. Contudo, esse problema ficou resolvido em 3 meses, mas o balneário nunca mais reabriu. Os trabalhadores não sabem as razões que levam este balneário construído em 1873, na sequência de outros tanques descobertos em 1723 explorados pela então Câmara Municipal de Guimarães, a estar encerrado.
O balneário termal pertence à sociedade Companhia de Banhos de Vizela, S.A., que o concessionou por 30 anos à Câmara Municipal de Vizela, que por sua vez concessionou a sua exploração à empresa espanhola TESAL.
A empresa não respeita os direitos dos trabalhadores, nem no balneário termal nem no hotel.
A empresa manteve os trabalhadores com os salários em atraso durante rês meses, não paga pontualmente os salários, há trabalhadores que não estão classificados de acordo com as funções que exercem, não recebem abono de falhas e subsídio noturno.
A empresa manteve os trabalhadores do balneário em lay-off durante o mês de julho, mas obrigou-os a trabalhar no hotel, agora a empresa recorreu ao novo regime de apoio, diz que reduziu o horário de trabalho, mas os trabalhadores continuam a trabalhar 40 horas semanais no hotel.
O sindicato pediu uma reunião à empresa e à Câmara Municipal, mas não obteve resposta.
O sindicato denunciou a situação junto da ACT, mas a situação de ilegalidades mantém-se.
Assim, o sindicato requereu hoje uma reunião com a empresa e com a Câmara Municipal para exigir a reabertura meditada do balneário termal, o pagamento dos salários de julho e agosto a 100% e o respeito pelos demais direitos dos trabalhadores.
Tal como há 8 anos atrás, quando a Câmara Municipal de Vizela entregou a concessão à TESAL, os trabalhadores e o sindicato defendem a exploração direta do balneário termal pela Câmara Municipal.
As termas de Vizela foram durantes muito anos o fator fundamental do desenvolvimento de Vizela, pelas suas termas.
As termas poderão voltar a ter um papel muito importante no desenvolvimento económico do concelho, mas para isso é necessário que a sua gestão volte ao município, pois só assim Vizela poderá voltar a ser conhecida como a “Rainha das Termas de Portugal”