Os trabalhadores da Visabeira, como os das outras empresas instaladoras, não estão condenados aos baixos salários, aos elevados ritmos de trabalho e a horários de trabalho extensos, salienta o SIESI, que convocou uma reunião para dia 1, segunda-feira, às 18h00.
Num comunicado aos trabalhadores da Visabeira, o sindicato afirma que é possível inverter este rumo, com mais organização e mais força colectiva dentro da empresa, e apela à participação na reunião.
Reivindicações justas
O SIESI sublinha que os trabalhadores das empresas instaladoras precisam de ser valorizados, pois são altamente qualificados e desempenham funções complexas, mas os seus salários e direitos não correspondem ao trabalho que desenvolvem todos os dias.
No actual contexto de pandemia, nunca pararam de trabalhar, estiveram sempre na linha da frente e devem ser recompensados pelo seu esforço e empenho.
O SIESI exige um aumento salarial de 90 euros, para todos os trabalhadores, e a fixação na empresa de um salário mínimo de 850 euros. Com lucros milionários todos os anos, a Visabeira tem todas as condições financeiras para aceitar esta proposta.
Pela natureza das suas funções, estes trabalhadores têm também vários riscos associados à sua profissão:
- por trabalharem na rua, independentemente das condições meteorológicas;
- por realizarem trabalhos em altura e em profundidade;
- por utilizarem máquinas com elevados níveis de vibração;
- por estarem sujeitos a ruídos severos.
O SIESI entende que é de inteira justiça a aplicação de um subsídio de penosidade e risco, no valor de 20 por cento do salário-base.
Os trabalhadores que desempenham trabalhos em tensão (TET) têm um risco acrescido, que deve igualmente ser reconhecido. O SIESI exige a criação de um «subsídio TET», no valor de 1260 euros anuais, tal como é praticado na EDP.
As carreiras profissionais não são devidamente valorizadas e não há anuidades (diuturnidades). Para o SIESI, é justo que os trabalhadores recebam uma anuidade no valor de 13 euros por cada ano (tal como é prática noutras empresas), de forma a recompensar os trabalhadores com mais anos de casa e para evitar situações em que um trabalhador com 10 anos de casa ganhe o mesmo que quem acaba de entrar na empresa.
O subsídio de alimentação deve ser actualizado para os 7,50 euros.