Na sua atividade diária, os trabalhadores da Águas do Algarve, principalmente os técnicos-operativos da ETAR Faro-Olhão, recentemente inaugurada, enfrentam uma grave exposição a risco elevado, reiterou o SITE Sul, dando conta do descontentamento manifestado na greve nacional do Grupo Águas de Portugal, no dia 11.
Numa nota à comunicação social, o SITE Sul deu conta da sua preocupação com esta situação, para a qual alertou a administração da Águas do Algarve, numa reunião realizada em Dezembro de 2020.
Como o sindicato então defendeu, estes trabalhadores deveriam beneficiar do respectivo subsídio de risco, a que têm inteiramente direito, mas isso é-lhes negado pela parte patronal.
Na ETAR Faro-Olhão, para além do risco elevado dos técnicos operativos, o SITE Sul considera que a totalidade dos trabalhadores estará a laborar numa atmosfera bastante prejudicial para sua saúde, devendo a empresa realizar análises periódicas ao ar, para salvaguardar um ambiente de trabalho saudável, a saúde dos seus trabalhadores e o ambiente em redor das instalações.
O SITE Sul tem continuamente pugnado por melhores condições para os trabalhadores, mas a administração da Águas do Algarve não tem respondido dignamente às reivindicações, apesar de todos os anos a empresa apresentar lucros apreciáveis com a venda de água e o tratamento de águas residuais.
O sindicato garante que, juntamente com os trabalhadores da Águas do Algarve, continuará a luta por melhores condições de segurança e saúde no trabalho, por aumentos salariais, pela atribuição do subsídio de risco e pela valorização das carreiras profissionais, entre outras reivindicações.
Na nota de imprensa assinala-se ainda que muitos dos trabalhadores da Águas do Algarve apenas foram aumentados em 20 euros, desde 2009.
Foram estas e outras questões internas, que a administração não resolve, que levaram a que os trabalhadores da Águas do Algarve tivessem participado activamente na greve do passado dia 11, em todo o Grupo Águas de Portugal.