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Fiequimetal e os seus sindicatos e o STAL continuam a mobilizar os
trabalhadores das empresas do Grupo EGF (Mota-Engil), para as
iniciativas do «circuito nacional de denúncia» das
práticas patronais, o qual tem nova etapa marcada para dia 16,
no Fundão e na Covilhã.
O percurso foca locais de
trabalho das diversas empresas, expondo publicamente problemas
específicos e um contexto comum.
Para 16 de Agosto, estão a ser preparados um plenário de trabalhadores da Resiestrela, no Fundão, e uma tribuna pública, na Praça do Município, na Covilhã.
No dia 2 de Agosto, realizou-se um plenário de trabalhadores da Resinorte, em Celorico de Basto, seguido de deslocação para o centro da vila, onde decorreu uma tribuna pública e foi distribuída informação à população.
Em Aveiro, no largo junto à estação ferroviária, realizou-se a 26 de Julho uma tribuna pública, envolvendo trabalhadores da ERSUC.
Com participação de trabalhadores da Resinorte, uma tribuna pública realizou-se no dia 20 de Julho, em Guimarães.
O «circuito» teve início a 12 de Julho, em Coimbra, na Praça 8 de Maio, mobilizando trabalhadores da ERSUC. Nesta tribuna pública, intervieram, entre outros, a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, o coordenador da Fiequimetal, Rogério Silva, o presidente do STAL, José Correia, e ainda Mário Matos, dirigente da Fiequimetal e do SITE CSRA, Eduardo Florindo, coordenador do SITE Sul, e António Moreira, coordenador da União dos Sindicatos de Coimbra. Em manifestação, os trabalhadores deslocaram-se depois à ACT, para entregarem uma resolução a expor os problemas e as reivindicações.
Resolução e reivindicações
Com a privatização da EGF, em 2014, a favor da SUMA (Grupo Mota-Engil), ficou criado um monopólio privado no sector dos resíduos que não tem paralelo na Europa, refere-se na resolução, aprovada em Coimbra.
Nas mãos da gestão privada, cujo objectivo é a maximização do lucro, o serviço público de resíduos foi transformado num negócio, os municípios encarados como meros clientes, o trabalho e os trabalhadores desvalorizados.
Os trabalhadores das empresas do Grupo EGF e as estruturas sindicais da CGTP-IN condenam o bloqueio patronal das negociações e exigem o aumento imediato dos salários, a atribuição de um subsídio de risco extraordinário (no quadro do surto epidémico) e a regulamentação de um suplemento de risco, a dignificação das carreiras, o fim da precariedade, a melhoria das condições de trabalho e a celebração de um Acordo Colectivo de Trabalho, visando uniformizar as regras para todos os trabalhadores e todas as empresas do grupo, assim promovendo a valorização profissional, indispensável à qualidade do serviço público.