Grande adesão demonstra profundo descontentamento dos trabalhadores contra o empobrecimento
A Greve Nacional da Administração Pública, que teve início na noite de ontem (17 de Novembro) com uma forte adesão nos sectores da higiene e recolha de resíduos urbanos – não tendo havido recolha de lixo em muitas dezenas de municípios como Aljustrel, Almada, Amadora, Beja, Cascais, Évora, Grândola, Loures, Moita, Odivelas, Palmela e Seixal –, e continuou esta manhã a registar elevadas adesões em diversos sectores, na generalidade
das autarquias e empresas municipais, de Norte a Sul do País, tendo-se ainda realizado concentrações de trabalhadores junto dos Paços de Concelho de Ovar e na WeMob, em Almada.
A paralisação desta sexta-feira (18 de Novembro), inserida na Greve Nacional da Administração Pública promovida pela Frente Comum, tem igualmente forte expressão em sectores como juntas de freguesias, piquetes de água, transportes colectivos urbanos de passageiros, escolas e jardins de infância, bibliotecas, equipamentos culturais e desportivos, sectores operacionais, bombeiros sapadores, tesouraria e serviços de atendimento, encontrando-se muitos deles totalmente encerrados.
Os dados conhecidos da Administração Local até ao momento reflectem o profundo descontentamento dos trabalhadores face à ausência de resposta efectiva do governo PS aos seus problemas e às suas exigências, nomeadamente:
– Aumento dos salários em 10%, num mínimo de 100 €, para todos os trabalhadores;
– Aumento do salário mínimo na Administração Pública para 850 €;
– Actualização do subsídio de refeição para 9 €;
– Correcção da Tabela Salarial - TRU;
– Revogação do SIADAP, e a sua substituição por um sistema de avaliação sem quotas, formativo, equitativo e justo;
– Aplicação efectiva do Suplemento de Penosidade e Insalubridade, e a inclusão do risco, abrangendo todos os trabalhadores que desempenham actividades penosas, insalubres e de risco;
– Descongelamento das promoções e das progressões nas posições remuneratória, abrangendo todas as carreiras e categorias;
– Reposição das carreiras, índices remuneratórios e dos conteúdos profissionais específicos;
– Valorização das carreiras profissionais específicas;
– Actualização do valor de todos os suplementos remuneratórios.
– Reforço dos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado.
TRABALHADORES NÃO ACEITAM CONTINUAR A EMPOBRECER!
Mais de 13 anos passados sobre o último aumento salarial, ao longo do qual o poder de compra se degradou de forma significativa, o STAL considera inaceitável que o governo PS insista em adiar, sistematicamente, a resolução das graves dificuldades com que se debatem os trabalhadores da Administração Pública – e os da Administração Local em particular –, que estão na linha da frente da resposta às necessidades das populações e garantem as Funções Sociais do Estado, exigindo, por isso, respeito pela sua dignidade profissional e soluções concretas para os seus problemas.
A luta prossegue já no próximo dia 25, com a concentração junto da Assembleia da República, pelas 10h30, promovida pela CGTP-IN, no dia em que se realiza a votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2023, que, a manter-se, acentua as profundas injustiças sociais que afectam de forma brutal a população, em geral, e os trabalhadores, que não aceitam continuar a empobrecer.
A Direcção Nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local saúda calorosamente todos os trabalhadores pela forte adesão à greve convocada no âmbito desta jornada nacional de luta, promovida pela Frente Comum, confirmando assim a sua grande confiança na unidade dos trabalhadores, e em particular no STAL, com provas dadas na defesa intransigente dos legítimos interesses dos trabalhadores de todo o universo de serviços da Administração Regional e Local.
Dados de adesão em actualização permanente na página do STAL:
Gonte: STAL