Na negociação das reivindicações aprovadas pelos trabalhadores da Alliance Healthcare Portugal, ao fim de várias resoluções, plenários e acções de protesto, foi conseguida uma actualização salarial entre 80 e 100 euros, nos salários mais baixos, e 2,5 por cento, nos mais elevados, com efeitos retroactivos a Janeiro, informou o SITE CSRA.

O sindicato assinala, num comunicado, que os trabalhadores mantiveram-se unidos na luta pelas suas propostas reivindicativas e obtiveram respostas, após a apresentação da sua resolução de 26 de Janeiro, que direccionava para a luta.

Os resultados foram positivos, mas a reivindicação e a luta não vão parar.

Os aumentos foram discriminatórios, porque alguns trabalhadores apenas tiveram 2,5 por cento de actualização salarial, e existe um grande descontentamento em relação aos horários praticados na empresa (com prejuízo da conciliação da vida familiar e profissional).

Os valores apresentados pela empresa ainda ficam longe daquilo que pode ser praticado e não resolvem os problemas causados pela perda de poder de compra verificado os últimos anos. Mas, para já, são um passo importante nessa recuperação.

A Alliance é líder no sector da distribuição farmacêutica, com um volume de negócios de mais de 600 milhões de euros. Para o SITE CSRA, é necessário que a empresa valorize mais o esforço dos seus trabalhadores, os principais criadores da riqueza da empresa.

As restantes reivindicações – tais como o regulamento do trabalho por turnos; os horários de trabalho e o trabalho aos sábados, domingos e feriados; as diuturnidades; e o subsídio de refeição – foram discutidas em reunião com a administração, no passado dia 8.

A Comissão Sindical do SITE CSRA na Alliance Healthcare também apresentou propostas para: criação de mais equipas; redução do tempo de trabalho; e redução do trabalho aos sábados, domingos e feriados, com uma valorização adicional nestes dias.

Nesta mesma reunião, os representantes patronais foram alertados para a necessidade de a empresa cumprir a legislação laboral e a contratação colectiva do sector, visto que, nos contratos individuais de trabalho, não há referência às horas de início e de termo da jornada de trabalho.

A Comissão Sindical reforçou a necessidade de aumentar os valores do subsídio de refeição e das diuturnidades.

Os representantes patronais disseram que, relativamente aos turnos e horários, haverá uma resposta até ao final de Fevereiro. E comprometeram-se a comunicar atempadamente aos representantes dos trabalhadores as previstas alterações de horários e outras matérias.

Fonte: Fiequimetal