Os trabalhadores do Hotel Portobay Falésia, em Albufeira, decidiram ontem (dia 19), em plenário, mandatar o sindicato para emitir um pré-aviso de greve para todos os feriados até ao final do ano, incluindo o dia 01 de Janeiro de 2024.

Os trabalhadores decidiram avançar para a greve porque a administração continua a recusar os pedidos de reunião para negociar as propostas apresentadas com vista a melhorar os salários, repor o pagamento do trabalho prestado em dia feriado com o acréscimo de 200% como acontecia até 2019, regular e reduzir os horários de trabalho e diminuir o número de vínculos contratuais precários. Isto mesmo depois do último pedido de reunião feito este mês ter sido acompanhado da entrega de um abaixo-assinado que recolheu mais de 80 assinaturas a exigir que a administração reunisse com a Comissão Negociadora Sindical para discutir as propostas apresentadas nos últimos anos.

As principais reivindicações dos trabalhadores são:

• Abertura da Administração do Hotel PortoBay Falésia para encetar um processo negocial sério e justo com a Comissão Negociadora Sindical.

• Negociação da proposta sindical de aumento salarial de 10%, com um mínimo de 100€, com efeitos a 1 de Janeiro de 2023.

• Reposição do pagamento do trabalho prestado em dia feriado com o acréscimo de 200%.

• Redução do horário para as 35 horas semanais, sem perda de remuneração.

• Defesa dos direitos e melhoria das condições de trabalho e de vida.

O Sindicato da Hotelaria do Algarve está totalmente solidário com a luta dos trabalhadores pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho, questão fundamental também para garantir um serviço de qualidade aos turistas e para a imagem do turismo algarvio. Perante a situação amplamente divulgada pelos patrões sobre a falta de profissionais no sector é incompreensível esta posição patronal de continuar a recusar as soluções necessárias para fixar os trabalhadores no sector.

Se o patronato continuar a recusar a melhoria do poder de compra dos trabalhadores para que estes possam suportar o brutal aumento do custo de vida que se está a verificar e as condições necessárias para que estes possam conciliar a vida profissional com a vida pessoal e familiar não restará outra alternativa que não passe pela elevação e intensificação da luta a partir dos locais de trabalho.

Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve