Lay off em Sines é um passo para a Indorama deslocalizarNa resolução aprovada durante a grande jornada de luta de ontem, os trabalhadores da Indorama acusam a multinacional de usar o lay-off como manobra para preparar a deslocalização total ou parcial da fábrica com destino a geografias mais lucrativas.

A resolução foi divulgada pelo SITE Sul, num comunicado em que saudou os trabalhadores pela grande firmeza demonstrada, tanto na concentração, como na marcha realizada em Sines e também na reunião com o presidente da Câmara.

Nesta jornada, ficou bem demonstrada a justa e legítima indignação dos trabalhadores, pela intransigência e cegueira social demonstradas pela administração em todo o processo de lay-off.

Perante o historial da empresa e o contexto em que foi anunciada a suspensão dos contratos de trabalho, os trabalhadores são forçados a concluir que este lay-off é uma manobra que visa livrar-se do pessoal, preparando a deslocalização da fábrica, ou de parte dela, para outras geografias mais lucrativas.

Este lay-off serve também para burlar o Estado, quer pelas borlas que foram concedidas à Indorama, para ficar com as instalações da Artlant, quer por desviar de forma ilegítima fundos da Segurança Social.

Os trabalhadores, afirma-se ainda na resolução, rejeitam de forma resoluta o lay-off e reclamam:

• A igualdade de tratamento de todos os trabalhadores no pagamento dos salários na íntegra. Não pode haver filhos e enteados, sobretudo quando os trabalhadores que menos ganham são os mais prejudicados;

• A intervenção do Governo, para impedir mais um saque aos cofres públicos e para a preservação de todos os postos de trabalho;

• A intervenção do presidente da Câmara Municipal de Sines, junto do Governo e da Administração da Indorama, também para assegurar a segurança das instalações, na medida em que agora é pretendido reduzir o número de trabalhadores destinados a assegurar a integridade de uma fábrica classificada como SEVESO com impacto directo na região.


No final do plenário, dia 20, junto à fábrica, os trabalhadores deslocaram-se para os Paços do Concelho

Fonte: Fiequimetal