Após algum tempo de ausência dessa prática, a E-Redes voltou agora, com o agravamento das condições meteorológicas, a activar o Plano Operacional de Actuação em Crise – Redes de Distribuição (POAC-RD), mas deve deixar claro que os trabalhadores abrangidos são pagos por este serviço.
Não se pode informar os trabalhadores que devem preparar viaturas e equipamentos e, acima de tudo, que devem ficar disponíveis para trabalhar a qualquer momento, sem que essa disponibilidade seja devidamente paga — aliás, de acordo com o que foi afirmado pelo presidente do Conselho de Administração da E-Redes.
Num comunicado em distribuição desde dia 18, a Fiequimetal e os seus sindicatos com intervenção na empresa do Grupo EDP deixam um conselho a todos os trabalhadores que, por via verbal ou por mensagem, foram informados de que deviam preparar equipamentos e viaturas, para responder a eventuais ocorrências: devem solicitar aos Recursos Humanos da E-Redes informação sobre qual é o estado do POAC-RD que foi activado.
Se este for o estado de alerta, devem questionar qual será o pagamento pelo serviço. Se for o estado de prevenção, não são obrigados a atender chamadas para irem trabalhar.
A federação e os sindicatos continuarão a pressionar a empresa para que este serviço seja pago.
Na altura da criação do POAC-RD, as estruturas sindicais da CGTP-IN consideraram que a E-Redes estava a procurar uma forma de tapar a falta de recursos, exigindo disponibilidade sem respeitar o Acordo Colectivo de Trabalho.
Em simultâneo com o comunicado, está a ser distribuído um «Guia do POAC-RD para o trabalhador E-Redes», com informação sobre os direitos que têm de ser respeitados pela empresa, em várias situações concretas decorrentes da activação do POAC-RD.