ADMINISTRAÇÃO APRESENTA DESPEDIMENTO COLECTIVO ENCAPOTADO E PAGO A BOCHECHOS SOB NOME DE PLANO DE SAÍDAS E EXIGE RESPOSTAS ATÉ 20.DEZ PARA EVITAR PEDIDOS DE ESCLARECIMENTO OU RESISTÊNCIAS

· O STT IRÁ DAR COMBATE A TODA E QUALQUER PRESSÃO QUE OS REPRESENTANTES DO FUNDO DE INVESTIMENTO QUE CONTROLA O GMG FAÇA SOBRE OS TRABALHADORES;

· O STT APELA À UNIDADE DOS SINDICATOS, DOS TRABALHADORES (EMPRESAS GLOBAL NOTÍCIAS, RÁDIO NOTÍCIAS, NOTÍCIAS DIRECT, NAVEPRINTER, AÇORMEDIA OU RCA) E DE TODOS OS QUE DEFENDEM UMA COMUNICAÇÃO SOCIAL ISENTA E LIVRE, COMO PILAR ESSENCIAL E INSUBSTITUIVEL DA DEMOCRACIA.

Os trabalhadores das empresas do GMG foram confrontados, no dia 11 de Dezembro, por volta das 19.30h, com um email desleal e inqualificável, da Direção de Recursos Humanos, com o comando da Administração a informar que estava aberto o “Programa de Saídas” (rescisões por mútuo acordo) para trabalhadores até 61 anos, com contrato sem termo.

Embora a Administração anterior sempre tenha afiançado que o GMG não tinha dívida à Banca, o novo acionista, em vez de valorizar o melhor do Grupo que são os seus trabalhadores, anuncia um conjunto de medidas que visam exclusivamente destruir dezenas e dezenas de postos de trabalho como também destruir a independência editorial e toda a história de um Grupo e posteriormente vender os activos a quem der mais, por inteiro ou às parcelas.

No email é referido que as condições indemnizatórias passam por acertos de saída, (proporcionais dos Subsídios de Natal e de Férias, Férias não gozadas), acrescido do valor correspondente à indemnização legal em caso de despedimento, de acordo com as regras da Troika e do Governo Passos Coelho/Paulo Portas, que para contratos de trabalho celebrados antes do ano 2000, fizeram o tempo de antiguidade parar no dia 31 de Outubro de 2012 (desde essa data que a antiguidade não entra na compensação, como se pode verificar no simulador do site da ACT)

Como “cenoura” acrescentam ao valor da dita indemnização legal, 10% para valores de compensação até 30.000 euros ou de 5% para valores de compensação superiores a 30.000 euros, mas pagam parte das indemnizações com o “pelo do cão”, ou seja, prestações mensais iguais durante 18 meses, enquanto fazem o dinheiro render na chamada economia de casino.

Lamentamos que um Fundo de Investimento sediado nas Bahamas, World Opportunity Fund, entre num Grupo com a dimensão e a história do GMG e faça uma gestão tão violenta com a conivência do poder político por omissão, uma autêntica monstruosidade que pode destruir a vida profissional de 150 a 200 trabalhadores.

Perante a adversidade, o STT não deita a “toalha ao chão” e apela à Resistência e à Luta Organizada contra estes opressores.

Fonte: STT