Realizou-se uma reunião com a administração da CP, onde esta se apresentou com uma mão cheia de nada, que só deve ter como resposta o reforço da mobilização para a greve de dia 28 (sexta-feira).
Na reunião convocada pela administração, esta apresentou uma “nova” proposta traduzida no seguinte:
Aceitação pelos sindicatos da proposta de RC que está em cima da mesa e que estes têm contestado, com ligeiros acertos em muitíssima poucas categorias, ficando no essencial com os mesmos enquadramentos e funções que não mereceram acordo até agora;
Retira a proposta de redução dos tempos de permanência, mantendo os tempos de permanência existentes no actual RC;
Propõe uma actualização transversal de todos os índices em 1,15% (um vírgula quinze porcento).
Esta é uma proposta que nada resolve nem responde ao problema central existente na empresa e que foi notícia hoje na comunicação social, o da incapacidade da CP em recrutar trabalhadores.
Com efeito, no ano passado a CP tinha como objectivo aumentar o efectivo em mais 370 trabalhadores e acabou por ficar com menos 15 que no ano anterior e com menos trabalhadores conseguiu-se ter um aumento de 17% no número de passageiros, isto só conseguido com muitos trabalhadores a trabalharem 30 dias por mês, em meses seguidos.
A notícia também refere que a CP, no ano passado, gastou menos cerca de 8 milhões do que estava orçamentado para gastos de pessoal, num ano em que teve um lucro de 3,6 milhões de euros, que se segue aos 9,2 milhões do ano anterior, sem que se tenha reflectido na valorização das carreiras e profissões.
O caminho é o reforço da luta, com uma grande participação na greve de sexta-feira,
A administração mostrou-se muito preocupada com a “má imagem” da greve, mas nada diz sobre a degradação do serviço, supressão de serviços, em virtude da falta de trabalhadores e do desinvestimento.
Fonte: FECTRANS