28 de março | 15h na Praça da Figueira

Pré-aviso de Greve das 12h00 às 21h00 para os trabalhadores com idade até aos 35 anos inclusive.

Os jovens representam ¼ da força de trabalho a nível nacional. Contudo, são também os mais jovens os mais afetados pela banalização dos vínculos precários. A insegurança e a instabilidade associada a esta realidade conduzem a que 46% das novas inscrições de desempregados no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) têm na sua origem a precaridade.

Se tal não bastasse, é importante relembrar que 1 em cada 10 trabalhadores está em situação de pobreza, e que 7 em cada 10 jovens, levam para casa um salário líquido até 1.000€, não ignorando que a média salarial dos jovens até aos 25 anos de idade é de apenas 853€.

Em termos dos horários de trabalho, em Portugal, há mais de 100 mil jovens com horários desregulados, sendo as semanas de trabalho dos jovens portugueses das mais preenchidas da Europa, não por motivos de lazer, cultura, desporto ou tempo com amigos ou família, mas porque laboram 41 ou mais horas de trabalho.

Paralelamente a tudo isto, os 20 maiores grupos económicos e financeiros do nosso país, apresentam lucros diários na ordem dos 32,5 milhões de euros! Resultado de uma política de dois pesos e duas medidas que não aceitamos de maneira alguma!

Não esquecemos também a desvalorização que os sucessivos governos têm imposto aos jovens trabalhadores. No caso dos jovens licenciados, muitos são obrigados a emigrar, procurando noutros países melhores condições de vida. Mais de metade dos portugueses que saem do nosso país, 54% são jovens!

Na cidade de Lisboa, a precariedade e os baixos salários, os horários desregulados, como os horários noturnos ou por turnos, marcam a vida de centenas de jovens trabalhadores. Razões mais do que suficientes para nos fazermos ouvir, com força e determinação, exigindo uma mudança urgente de política! Queremos estabilidade e segurança! Queremos que respeitem os nossos direitos e a nossa dignidade! Só assim será possível erguer uma vida nas suas várias facetas, como comprar ou simplesmente alugar uma casa, constituir família se for essa a nossa vontade, viajar, ir ao teatro, ao cinema ou de férias para onde for.

Seja na Câmara, Empresa Municipal, ou numa Junta de Freguesia de Lisboa, os jovens trabalhadores, devem erguer a sua voz e as suas reivindicações! Unidos, organizados e com a força que nos carateriza!

Às 15h00 do dia 28 de março, estaremos na Praça da Figueira, de onde sairemos para a Assembleia da República. Luta agora, pelo futuro que é teu!

Fomte: STML