Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP-IN participa na concentração de trabalhadores do sector automóvel. A Fiequimetal e os seus sindicatos com intervenção nas empresas do sector automóvel convocaram para esta sexta-feira, às 11 horas, uma concentração, junto da sede da associação patronal ACAP (Av. Torre de Belém, 29, Lisboa), para exigir que pare a ofensiva para reduzir direitos dos trabalhadores e aumentar a exploração.

Em luta por um contrato colectivo que dignifique o trabalho e valorize os trabalhadores, exige-se do patronato celeridade e bom senso nas negociações e resposta positiva às reivindicações apresentadas para 2025.

No ano passado — recorda-se num comunicado aos trabalhadores — o sector automóvel em Portugal facturou 42,6 mil milhões de euros, gerando 10,9 mil milhões de euros em receitas fiscais. A produção de veículos aumentou 4,5 por cento, atingindo o segundo melhor resultado da década.

Ao longo dos anos, os lucros das empresas foram alcançados num quadro de existência e exercício de direitos laborais. Contudo, o patronato não hesita em avançar com propostas e práticas para diminuir direitos e aumentar a exploração.

Vão neste sentido, entre outros factos:

• O aumento e a desregulação do tempo de trabalho, procurando impor 60 horas semanais e 12 horas diárias, à vontade do patrão;

• A polivalência e desqualificação, querendo transformar o trabalhador num faz-tudo, comprimindo 153 categorias profissionais em apenas 27 e eliminando 54 profissões;

• A redução do pagamento do trabalho suplementar e a eliminação do descanso compensatório;

• A imposição de ritmos de trabalho desumanos, com consequências para a saúde dos trabalhadores;

• A redução do número de horas para a formação profissional.

À ACAP e às demais associações do sector, os trabalhadores vão reafirmar que assim não pode ser e vão reiterar as reivindicações colocadas.

Fonte: Fiequimetal