Os trabalhadores do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF) aprovaram hoje em Plenário, por unanimidade e aclamação, a realização de uma concentração em frente à Presidência da República, dia 09 de Setembro, pelas 17:00, a fim de exigir ao Presidente da República que não promulgue o Decreto-Lei que prevê a extinção e desmantelamento deste centenário Laboratório de utilidade pública, diploma irresponsavelmente aprovado em Conselho de Ministros na passada quinta-feira, contra as exigências, devidamente fundamentadas, apresentadas por este Sindicato e pelos trabalhadores, ao Ministério da Defesa Nacional e ao Governo. Esta concentração contará com a participação do Secretário-Geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.
Ao exigir a não promulgação deste pavoroso diploma, os trabalhadores do LMPQF vão exigir ao Presidente da República que cumpra o seu papel e vão lutar pela:
Defesa da Constituição da República Portuguesa: o Decreto-Lei aprovado em Conselho de Ministros é contraditório com outros diplomas da autoria do mesmo Governo;
Defesa da soberania e independência nacionais: a destruição do Laboratório Militar privaria o país de uma infra-estrutura com capacidades estratégicas essenciais;
Defesa dos interesses do país, do povo e do bem-comum: o Laboratório Militar é única entidade no país detentora das faculdades e capacidades necessárias para, em caso de necessidade, frente a cenários adversos de epidemia, emergência, ruptura de fornecimentos, conflito, calamidade ou catástrofe natural, poder produzir medicamentos, fármacos, e outros produtos e materiais clínicos, para as Forças Armadas e para a população em geral. É também a entidade que actualmente assegura ao Serviço Nacional de Saúde o fornecimento de medicamentos que o mercado já não produz e a única entidade que produz, a pedido do SNS, medicamentos por encomenda para o tratamento de doenças raras.
Os trabalhadores do LMPQF e o STEFFAs não vão baixar os braços perante a comissão liquidatária da soberania nacional que é este Governo!
A Direcção do STEFFAs –
Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa,
Lisboa, 08 de Setembro de 2015.