Os recentes bombardeamentos dos EUA, do Reino Unido e da França – com o apoio da União Europeia e da NATO – contra a República Árabe Síria – na madrugada de 14 de Abril, merecem uma profunda condenação.

Uma acção em completo desrespeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, sob o pretexto de uma alegada utilização de armas químicas até ao momento não comprovada. Uma acção tanto mais grave quanto é levada a cabo para contrariar os avanços alcançados pelo diálogo e as vitórias face aos grupos terroristas.

Significativamente, este ataque ocorreu horas antes de uma equipa de peritos internacionais terem, a convite do Governo sírio, iniciado o seu trabalho de investigação relativamente à alegada utilização de armas químicas, em Douma, a 7 de Abril.

É preciso denunciar e repudiar esta agressão contra a Síria e o seu povo! Uma injustificável agressão contra um estado independente e soberano!

A associação do Governo Português a este acto, afirmando que diz “compreender as razões” e a “oportunidade desta intervenção militar”, está em claro confronto com o espírito e a letra da Constituição da República Portuguesa, que preconiza a resolução pacífica dos conflitos.

Temos de exigir a Paz e o fim das agressões e da ingerência neste país que já dura há mais de 7 anos, tendo causado: milhares de mortos, um imenso sofrimento e destruição, milhões de deslocados e refugiados, e a dramática degradação das condições de vida dos trabalhadores e do povo sírio.

A CGTP-IN, juntamente com outras organizações promovem um acto público para o qual apelamos à vossa participação e mobilização:

Pela Paz! Fim à agressão à Síria!

19 de Abril – 18 Horas no Largo de Camões, em Lisboa

Apelamos a que nesta iniciativa participem dirigentes, delegados e activistas sindicais, com especial incidência para as Uniões de Setúbal, Lisboa e Santarém, bem como de Sindicatos destes distritos.

Tendo em conta a importância da iniciativa e o momento grave que se vive, apela-se a que se façam esforços de mobilização para uma participação alargada.

cartaz pela paz