20120322_31_288.jpg Dia 22 de Março – É necessário fazer Greve!

Dia 31 de Março – Estamos em Luta! Não desarmamos! Queremos trabalho com direitos!

Este país também é para jovens!

Existem na juventude, e em particular nos jovens trabalhadores, forças, vontades, conhecimentos, disponibilidades e criatividade suficiente para ajudar a construir um país que tem futuro. Um futuro que no presente exige respostas estruturais para a criação de emprego e emprego com direitos.

Estamos na luta pelo nosso presente e futuro, estamos na luta pelo presente e futuro do país.

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O dia nacional da juventude, tem sido, assinalado, nos últimos anos, com fortes acções de luta marcadas pela exigência do trabalho com direitos, o fim da precariedade e do desemprego e pelo protesto contra o aumento do custo de vida e a destruição dos direitos das jovens gerações.

As manifestações que se realizam em torno do 28 de Março são cada vez mais actuais perante o agravamento brutal do custo de vida, a generalização da Precariedade, a diminuição dos salários, o corte nos apoios sociais, o encerramento dos Serviços Públicos e de centenas de empresas que conduziram à maior taxa de desemprego de sempre entre os jovens trabalhadores.

Este ano, assinalamos este dia ao mesmo tempo que está em construção uma Greve Geral convocada para o dia 22 de Março de exigência de um novo rumo, contra a Exploração e o empobrecimento com que se confrontam todos os trabalhadores portugueses.

Fazer greve Geral para os jovens trabalhadores é um direito, qualquer que seja a sua situação dentro dos locais de trabalho e é essencial perante a destruição de direitos com que nos deparamos todos os dias. A Mudança também depende de nós e, por isso fazemos um apelo para que adiram massivamente à Greve Geral!

Hoje, 35,4% dos jovens portugueses até aos 25 anos estão sem emprego e são muitos os que, em busca de um presente e de um Futuro melhor, são obrigados a abandonar o país. Mais de 470 mil jovens com menos de 35 anos tem vínculos de trabalho precário, representando 59% dos trabalhadores que se encontram nesta difícil situação.

Existem milhares de jovens no nosso país com capacidades, formação e experiência de trabalho que estão a ser impedidos de desenvolverem a sua vida, de terem autonomia e de contribuírem para o progresso do nosso país porque o governo insiste em medidas que só servem os interesses dos patrões, aumentando a exploração através dos vínculos precários, a degradação das condições de vida e de trabalho, retirando direitos duramente conquistados e diminuindo os salários até limites inaceitáveis.

 

Hoje, mais de 400 mil trabalhadores, na sua maioria jovens e mulheres, são abrangido pelo salário Mínimo Nacional, cujo valor liquido (485 euros), depois dos descontos para a Segurança Social, se encontra abaixo daquele que é considerado o limiar da pobreza no nosso país (432 euros). Não é possível aceitar que, trabalhando todos os dias, com horários desregulados, com ritmos de trabalho desgastantes, com qualificações, muitas vezes superiores às categorias profissionais que nos atribuem, ainda estejamos a viver pior, trabalhando mais e ganhando menos.

A Interjovem/CGTP-IN, em conjunto com diversos sindicatos, assinalará, este ano, o dia 28 de Março, dia nacional da Juventude, estando presente nos locais de trabalho, fazendo um grande balanço daquela que será uma grande participação na greve geral dos jovens trabalhadores, com a realização de plenários e outras acções de discussão, denúncia e luta em torno dos problemas que, hoje em dia, nos afectam.

Ao assinalarmos este dia, nos locais onde a retirada de direitos e o aumento das condições de exploração se fazem sentir de forma cada vez mais grave, fazemos um forte apelo a todos os jovens trabalhadores, independentemente dos seus vínculos e das suas condições de trabalho, para que mostrem o seu descontentamento com esta situação, exigindo, nas suas empresas e na rua a mudança de políticas para que os seus direitos sejam respeitados.

Apelamos para que se sindicalizem, participem activamente, denunciando a sua situação nos plenários nos seus locais de trabalho e mobilizem os seus amigos e colegas de trabalho para a manifestação do dia 31 de Março em Lisboa, fazendo desta acção uma demonstração de força, dizendo que “Estamos em Luta” e que não aceitamos que nos retirem direitos, nem viver pior que as gerações anteriores.

“Não desarmamos” porque temos o direito de exigir uma vida melhor e mais digna, temos o dever de rejeitar um conjunto de medidas que nos empobrecem e atacam a soberania do nosso país, destruindo a nossa produção, destruindo o acesso das populações aos serviços públicos e aos direitos mais básicos como a Habitação, à Cultura, à Educação e a Saúde.

Dia 22 “Todos à Greve Geral!”.
Dia 31 “Estamos em Luta na Rua!”

Lisboa, 28 Fevereiro 2012