APELO
Para que a juventude tome nas mãos os destinos das suas vidas!

 

 

APELO

Para que a juventude tome nas mãos os destinos das suas vidas!

Dia 28 de Março de 1947, milhares de jovens participaram no acampamento organizado pelo MUD Juvenil em São Pedro de Moel, exigindo democracia e liberdade. Tiveram como resposta a violência, a repressão e a prisão por parte do regime fascista. Desde então, o dia 28 de Março passou a ser um símbolo da luta da juventude. Luta que contribuiu para a revolução de Abril de 1974, uma luta que hoje em condições diferentes temos de prosseguir e intensificar, pela dignidade, por melhores condições de vida e de trabalho, pelo emprego, por direitos a que temos direito.

O Dia Nacional da Juventude no corrente ano vai ser assinalado mais uma vez com diversas iniciativas com é exemplo nos distrito de: Braga; Porto; Aveiro; Lisboa; Setúbal, entre outros.

O Dia da juventude não pode passar ao lado da gravíssima situação que hoje a juventude enfrenta no plano social e laboral, resultado das desastrosas políticas dos sucessivos governos. Apelemos a uma grande mobilização e participação nas diversas iniciativas que assinalam o dia da juventude.

É um dia de luta das sucessivas gerações de jovens, sobe o lema BASTA Precariedade, Desemprego, Baixos salários! Queremos trabalho! Exigimos direitos! Estas comemorações terão um momento alto no dia 1 de Abril com uma grande manifestação em Lisboa.
 

Contra: o desemprego; a precariedade; a instabilidade dos jovens na sua vida; os baixos salários; o brutal aumento dos bens de consumo; a destruição dos direitos sociais; laborais e da contratação colectiva; os falsos recibos verdes, o aumento das taxas de juro e spreads no crédito à habitação e a destruição da escola publica.

Exigimos e temos propostas: emprego com direitos; a passagem a efectivos de todos os trabalhadores que exercem funções de carácter permanente; estabilidade no trabalho; a regularização dos falsos recibos verdes; o fim dos benefícios atribuídos às empresas que se servem da Segurança Social para despedir e para manterem sem fim à vista trabalhadores em situação precária; maior e mais controlo Autoridade para as Condições de Trabalho/ACT; aumento real dos salários, mais formação profissional; medidas que travem o roubo no pagamento do credito à habitação e criação e gestão por parte do Estado de fogos habitacionais com rendas de custos controlados, uma Escola pública, gratuita, democrática e de qualidade para todos; uma educação activa para a saúde e de consultas de planeamento familiar, o fim das descriminações entre homem e mulher.

Tal como no passado, confiamos nas nossas capacidades e assumimo-nos como uma força social de desenvolvimento, progresso, liberdade, democracia e pela paz. Temos direitos, sonhos e aspirações, queremos ser respeitados.