Em Dezembro de 2011 a taxa de desemprego atingiu os 13,6%, segundo dados do Eurostat, estando acima da média quer da Zona Euro, quer da União Europeia. Nos últimos meses o desemprego aumentou no nosso país a um ritmo superior ao verificado naqueles espaços. Entre Janeiro e Dezembro, Portugal passou de 6º para 4º entre os países da Zona Euro com mais altas taxas de desemprego, estando agora apenas atrás da Espanha, Grécia e Irlanda. E ocupa o 6º da União Europeia. Os jovens e as mulheres têm sido particularmente afectados. Os jovens têm já uma taxa de desemprego de 30,8%, tendo subido do 14º lugar para o 5º da União Europeia naquele período. As mulheres, com uma taxa de desemprego de 13,9%, passaram do 7º para o 3º lugar.

Comunicado de Imprensa n.º 010/12

 

TAXA DE DESEMPREGO ATINGE OS 13,6%

 

Em Dezembro de 2011 a taxa de desemprego atingiu os 13,6%, segundo dados do Eurostat, estando acima da média quer da Zona Euro, quer da União Europeia.

Nos últimos meses o desemprego aumentou no nosso país a um ritmo superior ao verificado naqueles espaços. Entre Janeiro e Dezembro, Portugal passou de 6º para 4º entre os países da Zona Euro com mais altas taxas de desemprego, estando agora apenas atrás da Espanha, Grécia e Irlanda. E ocupa o 6º da União Europeia.

Os jovens e as mulheres têm sido particularmente afectados. Os jovens têm já uma taxa de desemprego de 30,8%, tendo subido do 14º lugar para o 5º da União Europeia naquele período. As mulheres, com uma taxa de desemprego de 13,9%, passaram do 7º para o 3º lugar.

Estes dados confirmam que as políticas recessivas não criam emprego, aumentam a desigualdade e a pobreza, agravam o desemprego e acentuam o fosso que já nos separava dos restantes países da União Europeia.

Falar em projectos de emprego, como faz a Comissão Europeia e o Governo Português, para os jovens, mantendo as actuais políticas, é o mesmo que “receitar uma aspirina para tratar de uma pneumonia”.

Não é por acaso que entre os países com maiores taxas de desemprego se encontram a Grécia e a Irlanda, também eles sujeitos a programas de intervenção externa altamente lesivos para os seus povos e para as suas economias.

Perante esta situação, o denominado “acordo para o crescimento, competitividade e emprego” confirma-se como uma monstruosidade económica e social.

O prometido “crescimento” traduz-se em recessão económica, coloca o país com níveis de riqueza inferiores aos verificados em 2001 e aumenta a dívida. A denominada “competitividade”, facilita os despedimentos, desregulamenta os horários de trabalho, afronta a conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional e reduz os rendimentos do trabalho. O emprego continuará a cair, empurrando mais trabalhadores para o desemprego, em simultâneo com a redução da protecção social, nomeadamente do subsídio de desemprego.

Resistir e lutar contra esta política é um direito de todos quantos recusam o retrocesso social e pugnam pela valorização do trabalho, o futuro das gerações mais jovens e o desenvolvimento económico e social.

A CGTP-IN apela a todos os trabalhadores e trabalhadoras, jovens e desempregados, que rejeitem esta política de desastre e participem em força na Grande Manifestação que se vai realizar no dia 11 de Fevereiro, em Lisboa.

DIF/CGTP-IN
Lisboa, 31.01.2012