A taxa de desemprego atingiu os 15,4% em Junho, o que faz subir o número de desempregados para 844 mil, segundo os critérios oficiais, e para mais de um milhão e duzentos mil se se incluírem os inactivos disponíveis e o subemprego visível. Um em cada três jovens está desempregado.
O desemprego não só subiu quase três pontos percentuais face ao ano passado, como continua a aumentar em 2012, levando a que o nosso país seja o terceiro com mais desemprego na União Europeia.

Comunicado de Imprensa n.º 063/12

A politica do Governo empurra os trabalhadores para o desemprego

A taxa de desemprego atingiu os 15,4% em Junho, o que faz subir o número de desempregados para 844 mil, segundo os critérios oficiais, e para mais de um milhão e duzentos mil se se incluírem os inactivos disponíveis e o subemprego visível. Um em cada três jovens está desempregado.

O desemprego não só subiu quase três pontos percentuais face ao ano passado, como continua a aumentar em 2012, levando a que o nosso país seja o terceiro com mais desemprego na União Europeia.

Para agravar a situação aumenta o número de desempregados que não recebem qualquer prestação de desemprego. Neste momento são já mais de dois terços os desempregados que estão confrontados com este problema. Para a CGTP-IN tal facto exige o prolongamento da atribuição do subsídio social de desemprego enquanto durar o período de crise, para evitar que mais famílias sejam flageladas com a pobreza e a exclusão social.

A política do Governo PSD-CDS é desastrosa porque asfixia a economia, destrói o sector produtivo e os serviços públicos, submete os portugueses a sacrifícios injustos e inaceitáveis e põe em causa o desenvolvimento económico e social do país.

Ao contrário do que afirma o Governo e os defensores da desregulação da legislação laboral, a facilitação dos despedimentos e o embaratecimento dos custos com o trabalho não criarão emprego nem resolverão o problema do desemprego, nomeadamente, dos mais jovens, cuja taxa atinge os 36,4%.

O tempo já se encarregou de demonstrar que a competitividade da economia não passa pela flexibilização selvagem das relações de trabalho, mas sim por um novo modelo de desenvolvimento assente numa outra gestão e organização das empresas, num perfil produtivo que aposte no valor acrescentado dos produtos e serviços, na estabilidade do emprego e na revogação das normas gravosas do Código do Trabalho, na valorização da contratação colectiva e efectivação dos direitos, na melhoria dos salários.

Para a CGTP-IN é necessária uma política de desenvolvimento para o país, que faça a economia crescer e crie emprego com direitos para que seja possível a coesão social. Uma política que dinamize a procura interna e revitalize o sector produtivo, que substitua importações por produção nacional, que aposte na melhoria dos serviços públicos. Uma política que valorize os trabalhadores, as profissões, o conhecimento, garanta os direitos de quem trabalha e de quem já trabalhou, e apoie condignamente todos os que precisam de apoio social. Esta é a politica capaz de combater o desemprego e gerar a criação de emprego de qualidade para um país com futuro.

 

DIF/CGTP-IN
Lisboa, 31.07.2012