BANDEIRAS FENPROFEsta tarde, será discutida em sessão plenária da Assembleia da República a maior Petição de sempre de um só setor profissional: 61.000 docentes reclamam, por esta via, a recuperação total do tempo de serviço cumprido pelos professores e que o governo continua a querer apagar. São, neste momento, 6 anos, 6 meses e 23 dias (2.393 dias), defendendo a FENPROF que, em 2020, sejam recuperados 598 dias (1/4 do total em falta).Esta Petição foi promovida pelas dez organizações sindicais que têm lutado, em convergência, pela recuperação de todo o tempo de serviço cumprido pelos professores. Este roubo de tempo de serviço aos professores, a par das ultrapassagens de docentes com mais tempo de serviço por outros com menos, do bloqueio à progressão de milhares de professores aos 5.º e 7.º escalões e, até, da elevada taxa de precariedade que afeta o setor estão a desconfigurar a carreira docente, com enormes prejuízos para os educadores e professores.

Os dados recentemente divulgados pelo Conselho Nacional de Educação, no âmbito do relatório Estado da Educação 2018, confirmam a já referida desconfiguração da carreira: só 0,02% se encontra no topo da carreira, apesar do reconhecido envelhecimento da profissão, e o tempo de serviço médio dos docentes do 1.º escalão é de 16,5 anos, ainda que o módulo de tempo de permanência neste escalão seja de 4 anos.

Apesar de neste momento decorrerem nas escolas as reuniões de avaliação de final de período, a FENPROF estará presente nas galerias da Assembleia da República onde criará uma mancha branca, sinal de exigência da contabilização de todo o tempo de serviço a recuperar e de protesto contra todos os partidos que se manifestem contra esta justa reivindicação e, eventualmente, votem contra as iniciativas legislativas destinadas a responder favoravelmente ao que os peticionários reclamam.

Não ao apagão!

Desta vez, a exigência e o protesto vestirão de branco!

Fonte. FENPROF