2022alticeOs dados da inflação de Agosto mantêm a tendência de um aumento brutal do custo de vida, que se traduz na mesma proporção na redução real dos salários, pelo que reforça a reivindicação sindical do aumento intercalar dos salários na ALTICE.

O valor de inflação de Agosto (9%) significa que um salário que em Janeiro era de 800€, hoje tem um valor real apenas de 728€, menos 72€.
Os sindicatos desta “Frente Sindical” apresentaram à administração da ALTICE uma proposta nesse sentido, traduzida no seguinte:
1. Aumento intercalar de 50€ em cada salário base, com efeitos a 01.07.2022;
2. Salário mínimo praticado no Grupo com o valor de 835€, com efeitos a 01.07.2022.

A esta mais que justa Proposta, a DRH, por ordem da Adm., respondeu a recusar a Proposta, mas os Sindicatos da Frente Sindical não vão desistir.
Revisão do ACT. Para além desta proposta, desde já é necessário começar a preparar a proposta reivindicativa de revisão do ACT para o próximo ano, sem que isso signifique deixar cair a proposta de aumentos intercalares deste ano.

Alteração nos planos de saúde, representa:
MAIS UM CORTE NOS RENDIMENTOS DOS TRABALHADORES E DOS RESTANTES BENEFICÁRIOS.
Para além da redução real dos salários em resultado do brutal aumento do custo de vida, a administração da ALTICE anunciou novo ataque aos bolsos de todos os Beneficiários, independentemente do regime em que estejam inseridos.
Tudo isto significa retirar rendimento do trabalho, para aumentar os rendimentos do capital.

Os lucros apresentados pela Altice, são a demonstração da ganância da transferência da riqueza criada pelos trabalhadores para o capital estrangeiro, enquanto os trabalhadores empobrecem e continuam a perder poder de compra, uma vez que os seus salários não acompanharam a subida dos preços.

Para a Frente Sindical é claro e a vida tem provado que não há alternativa à luta, que esta é decisiva para avançar, para aumentar salários e manter os direitos (os Planos de Saúde são um direito) como factor indispensável para se garantir um futuro para os trabalhadores do Grupo Altice, bem assim como dos restantes beneficiários.

É preciso uma política de gestão alternativa, que distribua a riqueza de forma justa, que respeite e valorize o trabalho e os trabalhadores.

Os sindicatos da Frente Sindical estão contra esta alteração dos Planos de Saúde, porque o que é preciso é garantir e ampliar os direitos laborais e não reduzi-los como pretende a administração. A situação dos trabalhadores e das suas famílias, que enfrentam um agravamento sem precedentes nas últimas décadas, exige resposta adequada. Primeiro à boleia da pandemia, agora com as sanções e a guerra, o que está em marcha é uma tentativa inadmissível e inaceitável de assalto aos direitos, aos salários e às pensões das classes mais desfavorecidas.

ESCLARECER, MOBILIZAR, LUTAR!
Nunca os trabalhadores melhoraram as suas condições de trabalho e defenderam os seus direitos, sem a sua mobilização, intervenção e luta!

Foi no passado, é assim agora e também será no futuro.
SINTTAV – SNTCT – STT – FE – SINQUADROS

Nesse sentido, a Frente Sindical irá realizar plenários em todo o País, dirigidos aos trabalhadores do activo, aos aposentados, reformados e suspensos e restantes beneficiários dos Planos de Saúde, para fazer o ponto de situação dos problemas criados pela empresa e discutir a acção colectiva a desenvolver com a participação de cada um.

VALORIZAÇÃO SALARIAL
Torna-se cada vez mais evidente que a luta pela valorização salarial assume uma importância vital e daí prova da justeza da Proposta do Aumento Salarial Intercalar.

Como na reunião com a CEO da Altice no dia 25 de Julho, esta afirmou que o assunto da nossa proposta estava a ser analisado, a Frente Sindical entregou-lhe um ofício a questionar se já tinham chegado a alguma conclusão positiva sobre o referido estudo.

Não havendo resposta positiva, há outros caminhos a percorrer, embora a Frente Sindical continue a privilegiar as soluções negociados através do diálogo

AMPLIAR A UNIDADE NA ACÇÃO
Entendemos que é desejável a unidade ou a convergência na acção com o máximo de trabalhadores e ERCT's, porque acima da opção sindical de cada um, todos são trabalhadores com os mesmos problemas e sujeitos aos mesmos ataques.

Para a Frente Sindical a unidade faz-se em torno de questões concretas, não basta propor reuniões e tornar a ideia pública.
Neste momento, há dois temas centrais e interligados entre si, que devem ser a base da mobilização e luta dos trabalhadores, dos reformados, aposentados e suspensos
O aumento dos salários (onde se inclui a proposta de aumento intercalar).

Defesa dos planos de saúde.
Às organizações que propõem reuniões e falam na unidade, embora com muitas provas dadas que dizem uma coisa e fazem outra, sem se empenharem na unidade ou na convergência na acção,
pergunta-se:
É na base dos temas concretos referidos, que querem reforçar a unidade ou convergência na acção?
Se sim, certamente que encontraremos formas de convergência de modo a potenciar a unidade na acção sem falsos protagonismos, se bem que a verdadeira unidade é aquela que os trabalhadores criam a partir dos seus locais de trabalho.

Fonte: SINTTAV – SNTCT – STT – FE – SINQUADROS