Os trabalhadores da Fima-Olá vão voltar a reunir-se em plenários, para discutirem novas formas de luta, se a administração continuar sem responder às justas exigências que estiveram na origem da greve de 24 horas. A luta teve grande adesão e provocou a paragem quase total das fábricas em Santa Iria de Azóia, como informou o SITE CSRA.
A Fima-Olá, responsável pela produção dos gelados Olá e dos produtos Knorr, é detida pela Unilever Fima (parceria da multinacional britânica Unilever com a Jerónimo Martins).
Presente, com mais de 400 marcas, em mais de 190 países, a Unilever lucrou dezenas de milhares de milhões de euros em 2022.
Os trabalhadores sentem o peso destes lucros, não nos seus bolsos, mas na carga de trabalho: nos últimos anos, houve uma subida do volume de produção, alicerce dos lucros e dos bons resultados dos accionistas, que batem sucessivos recordes.
Por isso mesmo os trabalhadores estiveram em luta no dia 11 de Janeiro. À porta do complexo fabril, foram mantidos piquetes de greve em todas as mudanças de turno, desde as 22 horas de dia 10.
Ao final da manhã, durante a greve, um piquete e outros trabalhadores concentraram-se no Parque das Nações, em frente ao Oceanário de Lisboa - concessionado ao grupo Jerónimo Martins durante 30 anos, em regime de parceria público-privada.
Aqui, entre outros, interveio Rogério Silva, coordenador da Fiequimetal e membro da Comissão Executiva da CGTP-IN.
Nos últimos 15 anos, os trabalhadores perderam poder de compra, devido ao congelamento de salários. São agora exigidos aumentos salariais relativos a 2022 e 2023.
Fonte: Fiequimetal